Electronic Data Interchange - EDI

Padrão X12: uma adaptação imprescindível para exportar para os Estados Unidos

EDI X12

Para muitas empresas no Brasil a exportação tornou-se uma válvula de escape para a crise econômica que o país enfrenta hoje. Porém, o comércio transfronteiriço supõe algumas dificuldades para as empresas brasileiras. Uma das mais importantes é a adaptação às comunicações eletrônicas. De fato, para dar um salto ao mercado dos Estados Unidos, o segundo e mais importante depois da China, resulta imprescindivelmente a necessidade em adquirir uma tecnologia EDI com o padrão ANSI ASC X12.

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Um duplo desafio

O Brasil é a região do mundo mais avançada em termos de tecnologia de processamento de dados adaptadas ao cumprimento fiscal. Não obstante, no âmbito B2B, os sistemas paperless ainda seguem tendo um papel muito residual. É o caso do intercâmbio eletrônico de dados o EDI, surgido na década de 60 e que atualmente se estende tanto na Europa como na América.

Para as empresas brasileiras que atuam com exportação, colocar em prática o uso deste sistema é fundamental. Por um lado porque se converterá rapidamente em uma exigência dos partners para a realização de negócios, já que em muitos países é utilizada como uma ferramenta de trabalho. Além disso, é a única forma de estabelecer comunicações fluídas para intercambiar grandes quantidades de dados entre companhias de forma telemática, automatizada e segura.

Porém, quando o principal destino das exportações é o mercado americano, o desafio é duplo. Não basta implementar o EDI, é necessário também utilizar um padrão acordado entre os partners. Tal e como fora visto na terceira edição do EDI Academy, a tecnologia EDI requer uma linguagem padrão que permita aos diferentes sistemas integrar-se entre si, independente da localização, do setor ou das capacidades tecnológicas.

Nos Estados Unidos, o ANSI ASC X12, denominado muitas vezes apenas como X12, é de longe o mais difundido. Esta foi a primeira linguagem padrão EDI criada há quase 40 anos pelo Instituto Americano de Normalização (ANSI). Atualmente se calcula que mais de 300.000 empresas em todo o mundo utilizam esse padrão, ainda que a maioria pertença a principal potencia americana.

 

Quais os benefícios do EDI para as companhias brasileiras?

Embora seja verdade que implementar um sistema EDI adaptado ao padrão X12 é quase uma exigência para exportar para os Estados Unidos, este salto tecnológico supõe também uma grande oportunidade para as empresas brasileiras. Em entrevista com o especialista em EDI Financeiro da EDICOM, William Pascheti, comenta que o Brasil precisa mudar sua mentalidade para começar a aproveitar os benefícios proporcionados pelo emprego da tecnologia.

O EDI automatiza as comunicações comerciais entre as empresas. Isso agiliza a gestão além de reduzir possíveis erros humanos aumentando a eficiência de todo um processo. Ou seja, trata-se de uma tecnologia para melhorar a competitividade das companhias. Para efeitos práticos, a consequência da utilização da tecnologia EDI traduz de imediato em redução de custos, através da redução do uso de papel, arquivos físicos e infraestrutura.

 

Como superar a barreira tecnológica?

As empresas brasileiras necessitam implementar uma solução EDI adaptada ao comércio internacional. É neste sentido que a plataforma elegida deve cumprir com esses quatro requerimentos:

 

  • Solução multi-standard: Enquanto nos Estados Unidos o padrão X12 é o mais utilizado, na Europa é o padrão mais utilizado é o EDIFACT. Por isso, é muito importante que a plataforma disponha de um módulo de mapping capaz de transformar qualquer estrutura na linguagem standard requerida pelo partner. Desta forma fica garantida a interoperabilidade durante o processo de transmissão de arquivos.
  • Integração de dados: A solução EDI deve integrar-se com o ERP ou o sistema de gestão interno da empresa. Deste modo, será possível manter os processos internos e a transformação do documento no padrão necessário para cada empresa realizando também a sua integração de forma transparente e automática.
  • Conectividade Segura: Os documentos intercambiados entre as empresas e parceiros de negócios possuem informações extremamente confidenciais havendo a necessidade de assegurar-se de que esses dados irão chegar ao seu destinatário de forma totalmente segura. A partir daí torna-se primordial o uso de uma rede de comunicação VAN potente para que se possa obter essas garantias.
  • Escalabilidade: As companhias multinacionais precisam de uma solução para que possam adaptar-se sempre que necessário às comunicações eletrônicas de cada país ou região. Além disso, é recomendável contar com um fornecedor que ofereça outras soluções B2B de valor agregado, como a plataforma de faturamento eletrônico.

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